Os representantes da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/ Fiocruz), Brasil; da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (ENSP/NOVA), Portugal; do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e da Escola Nacional de Saúde Pública de Angola (ENSP/MS) participaram da reunião virtual da Rede de Escolas Nacionais de Saúde Pública da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RENSP-CPLP), no dia 22 de janeiro.
Por Joyce Enzler
O diretor da ENSP/Fiocruz, Hermano Castro, fez um breve relato da V Reunião de Ministros da Saúde da Comunidade e do Grupo Técnico em Saúde dos Países da Língua Portuguesa, que ocorreu nos dias 11,12 e 13 de dezembro de 2019, na sede da CPLP, em Portugal. O encontro abordou alguns eixos e diretrizes importantes sobre a Atenção Primária em Saúde (APS), vigilância sanitária e Banco de Leite Humano: “No Brasil, nós temos uma experiência exitosa, a Rede Brasileira de Banco de Leite Humano (RBLH), criada pelo Ministério da Saúde e pela Fiocruz e reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como referência mundial. O BLH tem apresentado bons indicadores de redução de mortalidade infantil principalmente em crianças abaixo de um ano”. O diretor também informou que a CPLP demandou à RENSP um plano de trabalho com ações para 2020/2021 até 29 de fevereiro.
Já a Vice-diretora da Escola de Governo (VDEGS/ENSP/Fiocruz), Rosa Souza, destacou a bagagem da RedEscola, um espaço que promove cultura de cooperação entre 54 instituições de ensino de saúde no Brasil. Sobre formação profissional, mencionou a experiência da formação de sanitaristas em todos os estados brasileiros, com abordagem da educação interprofissional, considerando as demandas e necessidades de saúde de cada território. Além disso, ela reforçou a urgência em apresentar o plano de trabalho para 2020/2021, até 29 de fevereiro. “É importante identificar as demandas de cada escola para podermos nos apoiar, a partir das capacidades dos parceiros e buscar as habilidades que ainda não temos”.
O assessor da Cooperação Internacional da ENSP/Fiocruz, Pedro Burger, apresentou o site da RENSP e o questionário de mapeamento de capacidades formativas. Ademais, Burger comentou sobre o plano de trabalho: “Proponho que não se realize um novo plano, mas atualize o existente, estendendo algumas atividades e colocando novos prazos para atender esse cronograma da avaliação do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde da CPLP (PECS-CPLP), que são os dois últimos anos 2020/2021.”
A diretora da ENSP-Nova, Carla Nunes, apontou a relevância da rede em apresentar uma proposta de formação dos profissionais de saúde, especialmente para os que atuam na Atenção Básica. “Qualificar o cuidado prestado aos usuários e dinamizar a formação acadêmica para que esteja a serviço do melhor desenvolvimento das atividades na área de saúde.”
A vice-diretora do INS de Moçambique, Sonia Enosse, relatou a expertise do instituto no campo da comunicação, que antes dispôs de um departamento de cinecomunicação e atualmente possui uma Direção Nacional de Formação e Comunicação que contribui com o progresso das atividades formativas nas áreas de vigilância e pesquisa. “O INS está aberto para aprofundar a discussão desse tema na RENSP e incluir essas atividades no plano de trabalho.”
O diretor da ENSP de Angola, Julio Leite, comentou sobre as dificuldades que a escola enfrenta na área de comunicação, especialmente com as ferramentas tecnológicas. “A ENSP de Angola propõe o fortalecimento dos cursos de formação na Assistência Primária à Saúde e a inclusão da comunicação nessa grade pela sua contribuição na prevenção de doenças e promoção da saúde, divulgando a ciência e auxiliando o indivíduo nas tomadas de decisões para a melhoria da sua vida”. Confira o documento da reunião na íntegra aqui.